Após início de turnê e reencontro emocionante em SP, O Terno deixa futuro da banda em aberto: 'A gente nunca sabe o que pode vir'

  • 29/03/2024
(Foto: Reprodução)
O g1 conversou com a banda composta por Tim Bernardes, Guilherme d´Almeida e Biel Basile logo após as duas primeiras apresentações da nova turnê. Além dos próximos passos, o trio comentou sobre o tempo longe dos palcos, os preparativos para o retorno e as noites que se tornaram os maiores shows do grupo. banda O Terno iniciou turnê do álbum "" com dois shows no espaço Unimed em SP Divulgação/Pedro Maciel A banda O Terno - formada pelos músicos Tim Bernardes, Guilherme d´Almeida e Biel Basile - voltou aos palcos neste fim de semana (22 e 23), após quatro anos de pausa, para os maiores shows da carreira do grupo. As apresentações, no Espaço Unimed, em São Paulo, deram início a turnê que encerra o ciclo do álbum "", lançado em 2019. O anúncio da volta, feito no fim de novembro, veio seguido de diferentes mensagens que davam a entender que o encontro de sete apresentações era raro, uma das únicas oportunidades para o público ver e ouvir os três ao vivo e juntos. Além dos "conselhos" nas publicações, poucos dias antes dos shows, a banda chegou a dar declarações dizendo que o "plano era não ter planos". Contudo, durante as duas apresentações - principalmente a primeira, na sexta -, o grupo parecia bem emocionado com o retorno. Por isso, o g1 foi categórico ao perguntar: Essa emoção mudou os "não planos" do trio? A resposta curta é: "Não muito..." Mas isso não significa que o trio vai acabar. "Como não tem um futuro definido, não mudou... A gente ama uns aos outros e a nossa obra e até por isso que a gente não está falando que vai acabar depois dessa turnê, porque a gente se gosta, a gente gosta de tocar juntos. Só que a gente não tem nem a obrigação nem o plano de quando a gente vai tocar junto de novo, se vai ter disco ou não", afirmou Tim Bernardes, de 32 anos, responsável pela guitarra e os vocais d´O Terno. "A gente nunca sabe o que pode vir." Guilherme, de 33 anos, baixista da banda, que também é conhecido como Peixe, concorda com Tim e acrescenta: "Acho que essa recepção muito calorosa muda no presente. O show de São Paulo me deixou mais curioso sobre como vai ser no Rio de Janeiro, como vai ser em Salvador, como vai ser em Porto Alegre, entendeu?", diz. "Acaba mudando mais em relação a essa própria turnê mesmo, deu um boost a mais de vontade, de ansiedade no bom sentido da coisa, de querer chegar nos próximos shows que tão marcados". Já o baterista Biel, de 35 anos, admite: "É lógico que esse primeiro momento com o público, esse show, acende uma chama, não tem como negar porque é muito prazeroso. Eu sinto muito prazer em estar no palco junto com o Gui e com o Tim, junto com o público d´O Terno", diz. "Dá um calor, dá uma vontade de fazer os shows, mas maior do que isso é o que o Tim estava falando: a gente tem nossa vontade e nossa realidade agora que temos esse período que guardamos para fazer os shows. Depois a gente não sabe. Aí a gente vai ver." Os shows Banda O Terno, formada por Tim Bernardes, Guilherme d´Almeida e Biel Basile, se apresentou no Espaço Unimed na sexta (22) e no sábado (23) Divulgação/Pedro Maciel O g1 foi ao Espaço Unimed na sexta (22) e no sábado (23) e pode afirmar: para os fãs de São Paulo que não conseguiram ir às apresentações, o fato de elas não terem data para acontecer novamente deve ser encarado com tristeza. O trio parecia muito comovido em estar de volta, assim como a plateia também estava em perfeita sincronia com O Terno, cantando todas as 30 músicas do setlist, no estilo fãs de diva pop. O grupo se mostrou muito animado com a recepção calorosa. "A gente emendou as duas primeiras músicas e aquele primeiro aplauso depois de 'De Tudo o Que Eu Não Fiz' foi um choque de realidade. Muito alto, muito longo, muito quente. Deu uma desestabilizada do tipo 'Uau, está acontecendo uma coisa nova aqui'", conta Guilherme. "Depois que já tinha esgotado a primeira data [do show], você imagina que vai ter um monte de gente, você imagina que vai tocar as músicas, mas a sensação de fato é uma coisa que não tem como prever", diz Tim. Para Biel, o sentimento foi o de tocar pela primeira vez. "Fazia muito tempo que a gente não tocava essas músicas no palco, então, também teve um frio na barriga de estreia, uma ansiedade antes de entrar no palco. E esse primeiro momento é um pouco um descarrego... Maravilhoso", afirma. Sobre o setlist, os músicos revelaram que o mais difícil foi decidir o que deixar de fora. "A gente foi muito pelo que a gente estava a fim de tocar", conta Biel. "Nós achamos, também, que valia a pena ter um setlist grande porque estamos há muito tempo sem tocar." "Esse show tem um pouco esse clima de celebração junto com esse público, tanto com o público que já acompanhava a gente, quanto com esse público novo que ta vendo a gente pela primeira vez. Então, tudo isso fez com que a gente sentisse vontade de tocar muita música. Músicas que contemplassem o , álbum da turnê, mas também músicas que contemplassem a nossa discografia toda", completa. "Teve também a vontade de fazer um show que fosse d´O Terno, da banda, e não de um disco específico, como a gente sempre trabalhou", completa Guilherme. "Agora, nesse ponto, olhando para trás com quatro lançamentos, é [o momento] de curtir essa oportunidade de ter um repertório vasto para poder tocar." Além das 30 músicas (29 autorais e um cover de "Um Sonhador", música de Leandro e Leonardo), a banda também foca nos momentos de descontração com o público. Em determinada parte do show, eles chegam até a parar a música para um diálogo metalinguístico que eles garantem não ser encenado. A pausa e a volta Banda O Terno antes de apresentar os primeiros shows da turnê em São Paulo Divulgalçao/Pedro Maciel Mesmo longe dos palcos por tanto tempo, a banda conseguiu atrair novos fãs e manter os antigos, e o motivo para isso é como o público se relaciona com as letras. "As pessoas se identificam com as músicas no sentido de deixar elas serem trilha da própria vida. Essa coisa que muita gente fala: 'Parece que foi feito para mim' ou 'isso marcou um momento que eu tive na minha vida ou com meu namorado, minha namorada'", diz Tim. "Eu tenho isso forte com outras bandas e outros artistas, quando realmente me marcam, eu vou continuar ouvindo para sempre." Outro fator, segundo Tim, é o crescimento do gênero indie como um todo no país. "A cena autoral brasileira nova também ganhou muito espaço", afirma. Os três usaram esses quatro anos de pausa para focar em projetos pessoais, que vão desde a carreira solo, no caso de Tim, até a paternidade, caso de Biel. "O nosso plano era voltar um ano antes, mas aí eu tive um filho, e a gente adiou para dar tempo de ele nascer, já estar um pouquinho mais velho para poder ter essas pausas dos ensaios, dos shows ", conta. Esse tempo reservado para os ensaios foi usado para um retiro da banda. Assim como fizeram para trabalhar no disco em 2018, a banda foi uns dias para um sítio fora de São Paulo para se concentrar. "Quando estamos todo mundo junto, num sítio, vivendo junto, dá para acordar junto, tomar café da manhã junto, você começa a ver que cada um tem um ritmo, um horário para acordar. Cada um tem fome em um horário... Isso ajuda um pouco a virar essa grande ameba coletiva que é a banda. Você vira um grande ecossistema de pessoas ali, isso é gostoso", avalia Biel. Nos próximos fins de semana, O Terno compartilha esse sentimento com o público em mais cinco datas em Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Los Angeles (EUA). Tim Bernardes, Guilherme d´Almeida e Biel Basile, d´O Terno, no encerramento de apresentação em SP Divulgação/Pedro Maciel *Sob supervisão de Cintia Acayaba

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/03/29/apos-inicio-de-turne-e-reencontro-emocionante-em-sp-o-terno-deixa-futuro-da-banda-em-aberto-a-gente-nunca-sabe-o-que-pode-vir.ghtml


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